Filme brasileiro mostrará homofobia nua e crua sem cortes
   23 de julho de 2012   │     1:00  │  10

A Ong brasileira ACDHRio começa a produzir curta-metragem sobre a violência homofóbica no ambiente escolar
Enquanto o presidente do Brasil, Dilma Rousseff não governa com mão firme e ainda se rende às fortes pressões políticas de fundamentalistas religiosos, e mantém a proibição da circulação e exibição dos vídeos originais chamados de “Kit Anti-Homofobia nas Escolas”, produtos que custaram milhões de reais para os cofres do governo federal, o presidente da Associação por Cidadania e Direitos Humanos LGBT de Rio Verde/GO e Região (ACDHRio), também presidente da Rede de Organizações LGBT do Interior do Estado de Goiás (REDELGBT-GO), jornalista e bacharel em Direito, Terry Marcos Dourado, deu início à produção do primeiro filme em curta-metragem da ACDHRio, produzido pela ABD Filmes, intitulado “E Aí, Bicha?” (“Hey, Faggot?”, em inglês). Uma mistura de ficção e documentário jornalístico, o vídeo utilizar uma linguagem fo rte e envolvente, direta, objetiva e o mais realista possível para abordar, sem censura, a grave problemática da violência homofóbica em ambientes escolares, fator diretamente responsável pelo abandono crescente da escola por estudantes LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) em todos os 27 estados do Brasil, incluindo o Distrito Federal.
A produção de “E Aí, Bicha?” (“Hey, Faggot?”, em inglês) entra na fase de captação de fundos para pagar os custos de gravação, produção, edição, pós-produção e lançamento. Terry Marcos Dourado, que também é membro da organização internacional GALE (The Global Alliance for LGBT Education), também ator profissional, roteirista e diretor de teatro e cine-vídeo semiprofissional, além de dramaturgo, vai usar todos os seus anos de experiência em escolas públicas de Goiás, como aluno e professor, para concretizar o filme “E aí, Bicha?” (“Hey, Faggot?”, em inglês), da forma mais realista e humana possíveis.
“No Brasil, vemos que o sistema de ensino adotado atualmente reproduz as relações sociais de poder, direitos e obrigações desiguais de alunos e alunas. E, neste caso, a indiferença e o silêncio cada vez mais comum e rotineiros sobre alunos considerados homossexuais têm sido fortes aliados e agentes fomentadores da discriminação social por conta da orientação sexual e da identidade de gênero de alunos e alunas das escolas brasileiras”, argumentou Dourado.
“Para os diretores escolares, coordenadores pedagógicos, professores e outros funcionários dos estabelecimentos de ensino, públicos e particulares, o aluno ou a aluna considerados homossexuais são tratados como seres invisíveis. E os colegas de escola tratam os homossexuais com nojo, desprezo, indignação, resultando em abuso e violência verbal, psicológica e física, também na eliminação da pessoa homossexual do ambiente escolar (por iniciativa da própria vítima da violência homofóbica) além de, no pior dos casos, assassinar cruelmente o cidadão ou a cidadã homossexual que havia procurado a escola na intenção de estudar, adquirir cultura, conhecimentos e a formação pessoal necessários para vir a ser alguém na vida”, disse o presidente da ACDHRio.
Até o momento, sem data prevista para a conclusão do vídeo curta-metragem, Terry Marcos Dourado disse apenas que, em breve, irá fazer através da ABD Filmes, a seleção de atores para formar o “cast” (elenco) do filme “E Aí, Bicha?”, e também vai dar início às entrevistas com psicólogos, sociólogos, educadores e outros profissionais diretamente relacionados com o tema deste trabalho. Terry Marcos Dourado também está buscando o apoio institucional de organizações como a ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros), a ArtGay (Articulação Brasileira de Gays), a GALE dentre outras. As gravações das cenas ficcionais vão acontecer na cidade de Goiânia, capital do Estado de Goiás no centro do Brasil.

COMENTÁRIOS
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  1. Wagner

    No ponto em que, o autor deste artigo fala da presidenta, tenho que discordar de sua opinião, pois foi dinheiro da maioria de quem paga os impostos, investido em um material que é propagando e incentivo de um comportamento, como falou Dilma. Felizmente a opinião do povo, nesta questão, democraticamente foi atendida. A presidenta em minha opinião, ou melhor, na opinião da maioria representou o povo brasileiro.

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    1. Terry Marcos Dourado

      No nosso entendimento, a ilustre presidente brasileira se equivocou em dizer publicamente isso que você, ora, repete. Não houve, para nós, o uso do dinheiro público para pagar incentivos comportamentais. Pelo contrário! Houve gasto do dinheiro público para ESCLARECER preconceitos que, na atualidade, estão humilhando, execrando, torturando (física e psicologicamente) – e até matando!!! – cidadãs e cidadãos honestos, e de bem, em todas as regiões deste imenso país. Entendemos também que escola é um ambiente próprio ao ensino, à educação, ao esclarecimento e à formação de pessoas e, assim sendo, JAMAIS poderá ser ambiente acolhedor de preconceitos e, em especial, da homo-lesbo-bi-transfobia.
      Neste entendimento nosso, a presidente Dilma errou, sim, e errou feio em proibir um material rico em INFORMAÇÕES ESCLARECEDORAS ANTI-IGNORÂNCIA, e não o engodo de “um material incentivador da aceitação de comportamentos específicos”, pois isso, sim, não é verdade.

      TERRY MARCOS DOURADO
      Roteirista e diretor do filme “E Aí, Bicha?”

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  2. Wagner

    No ponto em que, o autor deste artigo fala da presidenta, tenho que discordar de sua opinião, pois foi dinheiro da maioria de quem paga os impostos, investido em um material que é propagando e incentivo de um comportamento, como falou Dilma. Felizmente a opinião do povo, nesta questão, democraticamente foi atendida. A presidenta em minha opinião, ou melhor, na opinião da maioria representou o povo brasileiro.

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    1. Terry Marcos Dourado

      No nosso entendimento, a ilustre presidente brasileira se equivocou em dizer publicamente isso que você, ora, repete. Não houve, para nós, o uso do dinheiro público para pagar incentivos comportamentais. Pelo contrário! Houve gasto do dinheiro público para ESCLARECER preconceitos que, na atualidade, estão humilhando, execrando, torturando (física e psicologicamente) – e até matando!!! – cidadãs e cidadãos honestos, e de bem, em todas as regiões deste imenso país. Entendemos também que escola é um ambiente próprio ao ensino, à educação, ao esclarecimento e à formação de pessoas e, assim sendo, JAMAIS poderá ser ambiente acolhedor de preconceitos e, em especial, da homo-lesbo-bi-transfobia.
      Neste entendimento nosso, a presidente Dilma errou, sim, e errou feio em proibir um material rico em INFORMAÇÕES ESCLARECEDORAS ANTI-IGNORÂNCIA, e não o engodo de “um material incentivador da aceitação de comportamentos específicos”, pois isso, sim, não é verdade.

      TERRY MARCOS DOURADO
      Roteirista e diretor do filme “E Aí, Bicha?”

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  3. juliana cristina

    Olha adorei a notícia sobre o filme pois assim a galera poderá assistir e sentir um pouco o drama de um Gay num país como o nosso q se diz livre de preconceitos…. Vou assistir e vou indicar a mtos amigos pois será uma maravilha ver a reação e opinião das pessoas.. Bjsss

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  4. juliana cristina

    Olha adorei a notícia sobre o filme pois assim a galera poderá assistir e sentir um pouco o drama de um Gay num país como o nosso q se diz livre de preconceitos…. Vou assistir e vou indicar a mtos amigos pois será uma maravilha ver a reação e opinião das pessoas.. Bjsss

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  5. Terry Marcos Dourado

    Muito obrigado ao blog pela divulgação do nosso projeto da mais alta relevância social.

    TERRY MARCOS DOURADO
    Roteirista e diretor do filme “E Aí, Bicha? – Se a escola não ensina… Ensine a escola sobre sua cidadania.”

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  6. Terry Marcos Dourado

    Muito obrigado ao blog pela divulgação do nosso projeto da mais alta relevância social.

    TERRY MARCOS DOURADO
    Roteirista e diretor do filme “E Aí, Bicha? – Se a escola não ensina… Ensine a escola sobre sua cidadania.”

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