“Instituto Adventista Brasil Central” é acusado de homofobia por aluna expulsa
   6 de junho de 2012   │     0:00  │  2

Uma aluna expulsa em 2010 do Instituto Adventista Brasil Central (IABC) no distrito de Abadiânia, interior de Goiás, está processando a instituição por homofobia dizendo que a decisão do colégio partiu por ela ser homossexual.

Arianne Pacheco Rodrigues, 19 anos, afirma que sua expulsão aconteceu depois que os professores encontraram cartas de amor que eram trocadas entre ela e outra jovem. Diante do caso a comissão disciplinar formada por pastores e professores resolveu expulsar as duas alunas.

O processo foi aberto pela jovem naquela época, pedindo uma indenização no valor de R$50 mil por danos morais, mas a primeira audiência só aconteceu há duas semanas. A jovem mora hoje com a mãe nos Estados Unidos e de lá foram ouvidas pelo programa Fantástico que abordou o tema.

“Não tive chance de falar. Eu pedi só para eles uma chance, só que eles falaram que não dava, porque eles não aceitavam aquilo no colégio, namorar outra menina”, disse a jovem. “A mãe de Arianne, Marilda Pacheco, afirma que o objetivo da ação é tentar impedir que outras crianças passem pelo mesmo processo de exclusão que sua filha foi vítima”.

A assessoria de imprensa do Instituto Adventista Brasil Central (IABC) publicou uma nota de esclarecimento mostrando a versão do colégio sobre a matéria divulgada no Fantástico sobre uma jovem que foi expulsa da instituição por manter relações homossexuais com uma colega de turma.

Na versão da escola não houve discriminação por orientação sexual como alega Arianne Pacheco Rodrigues, hoje com 19 anos, que foi expulsa do IABC em 2010. No documento do colégio as normas são reeditadas para que todos vejam que faz parte das regras à punição de alunos que cometerem: “Furto; uso ou porte de cigarro, bebida alcoólica, droga ou armas; ato sexual; certos tipos de agressões físicas, verbais e outras, conforme considere a Comissão para Desenvolvimento Estudantil”.

A Ordem dos Advogados do Brasil da seção de Goiás (OAB-GO), por meio do presidente Henrique Tibúrcio, alega que mesmo tendo regras próprias as escolas precisam levar em consideração primeiramente as regras do Ministério da Educação e a Constituição.

O posicionamento do órgão é contra a expulsão das alunas, condenando a IABC. “A escola foi arbitrária. Não deu nenhuma chance de defesa às alunas e o assunto não passou, não foi debatido pelo Conselho Escolar. A expulsão não é permitida. Se no regimento da escola está escrito que é possível haver expulsão nessa escola, esse regimento está contra a Constituição”.

 

COMENTÁRIOS
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  1. Hebert Borges

    Olha as regras da escola são clarissimas e não permitem namoro ou qualquer tipo de relação amorosa entre dois individuos sejam eles do mesmo sexo ou não, agora, a globo esquece que o sistema educacional adventista é o maior e o melhor do mundo, quem tenha um senso critico mais apurado tambem irá perceber que neste domingo o programa fantastico, só noticiou noticias que não tinha nexo algum, esquecendo-se da greve de professores universitarios que está acontecendo.

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  2. Tânia Suely

    Olha, vi esta reportagem e acho que toda pessoa tem o direito de escolher o que quer para a sua vida e esta escolha terá consequência, logo, ela teria que está preparada inclusive para isso, já que estudava em uma escola evangélica, penso que tudo aqui em nosso país acaba em confusão, não entendo porque só depois de tanto tempo e de até está em outro país, a mãe resolve entrar na justiça,se é tão esclarecida e mente aberta deveria conscientizar a filha que isso e muito mais poderá acontecer, não estou fazendo apologia a homofobia, só acho que toda lei aqui no Brasil acaba ficando radical e todos acham que devem lucrar com isso, e não podemos inverter os valores, a justiça tem que lembrar, assim como o homossexual tem direitos, o heterossexual também.

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