Vaticano condena livro de religiosa americana
   5 de junho de 2012   │     14:33  │  0

Em pleno século 21 com o mundo tendo que se adequar a mais ampla diversidade de povos, miscigenação, cultura entre outras formas variáveis de pessoas, mesmo assim a igreja católica ainda esbarra em uma tradição arcaica, que infelizmente só serve para excluir e massacrar os que não se adéquam aos padrões tradicionais impostos a força pelo Vaticano.

O Vaticano condenou oficialmente nesta segunda-feira o livro da religiosa americana Margaret A. Farley por sua tolerância à união homossexual, à masturbação e ao divórcio seguido de um novo matrimônio.

Em nota oficial, a Congregação para a Doutrina da Fé solicitou aos católicos que não consultem o livro Just Love. A Framework for Christian Sexual Ethics(“Apenas Amor. Estrutura da Ética Sexual dos Cristãos”, em tradução livre) porque, segundo o comunicado, não corresponde à posição da Igreja. “Não está em conformidade com a doutrina da Igreja”, destacou a nota divulgada pela assessoria de imprensa da Santa Sé.

Para a congregação, o livro, publicado em 2006, contém “erros doutrinais cuja publicação causou confusão entre os fiéis”, razão pela qual decidiu realizar um posterior “exame com procedimento urgente”, que confirmou que suas “proposições são errôneas”.

As autoridades do Vaticano solicitaram a Farley, em uma carta de 5 de julho de 2011, que corrija “as teses inaceitáveis” de seu livro, o que não aceitou fazer.

A religiosa, professora de ética, defende a masturbação, que permite “às mulheres descobrir sua própria capacidade para o prazer, algo que algumas não descobriram e nem sequer conheceram em suas relações sexuais cotidianas com seus maridos ou amantes”, escreveu. “A masturbação geralmente não implica nenhum problema de caráter moral”, argumenta.

Sobre a homossexualidade, a freira, que apoia o casamento entre pessoas do mesmo sexo, pede que tais relações sejam respeitadas e considera que as pessoas devem “ter a possibilidade de a escolher ou não”.

Em relação ao divórcio, Farley diz que, diante das transformações “inesperadas” vividas pela sociedade e pelos casais, a “indissolubilidade do matrimônio” pode ser colocada em questão. Às vezes, o casamento pode “se dissolver” e o compromisso para toda a vida “mudar de maneira legítima”, afirma a religiosa.

A freira explica que casais com filhos ficam marcados para sempre pela experiência, mas isso não implica “a proibição de um novo matrimônio”. Diante das posturas liberais da freira, as autoridades da Igreja católica citaram cada um dos pontos abordados e se referiram ao catecismo e aos Evangelhos para rebater tais posicionamentos.

“A masturbação é um ato inerente e gravemente desordenado”, reitera a Santa Sé, que recorda que “o uso deliberado da capacidade sexual fora das relações conjugais normais contradiz sua finalidade, seja qual for o motivo que o determine”.

Esquece a igreja católica que, Enquanto se vive em um mundinho protegido por muralhas e segurança altamente reforçada, comendo em talheres de prata e ouro e com toda a mordomia “Vaticano”, pessoas aqui fora todos os dias morrem de fome e em virtude das drogas, se infectam por doenças sexualmente transmissíveis, mulheres são massacradas e ainda se resguardam e se calam e se entregam a violência, por medo, vergonha entre outras formas de repressão, sustentada por uma fala mesquinha e alienada.

A humanidade nos dias de hoje esta precisando é de ações emergências contra a fome e em prol da sustentabilidade. A base família precisa ser estruturada, com geração de emprego e renda, planejamento familiar entre outras formas de propor melhorias na qualidade de vida da humanidade.

Pais e mães precisam se planejar para ter seus filhos, crianças não podem continuarem vindo ao mundo como se fossem animais. E isto só se consegue através de ação, rezar se lamentar e contentar-se com declarações bonitas vinda da sacada do centro da Igreja Católica,  não se mata a fome, não se tira das drogas e nem resolve osproblemas domundo.

Enquanto a igreja catolica se esbrra em tradições segundo o estudo Internacional de Investigação sobre Políticas Alimentares (IFPRI, na sigla em inglês) divulgado em 2010, indica que ao menos um bilhão de pessoas (cerca de um sétimo da população mundial) sofrem de desnutrição no planeta.

A pesquisa, intitulada Índice Global da Fome 2010, mostra que a fome se revela principalmente por meio da desnutrição infantil – quase a metade dos afetados são crianças. Os níveis mais altos se encontram na África Subsaariana e no sul da Ásia.

Segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Segurança Alimentar (FAO), um ser humano passa fome quando consome menos de 1.800 quilocalorias por dia, o mínimo para levar uma vida saudável e produtiva.

Os dados do estudo apontam que o número de desnutridos voltou a crescer, após cair entre 1990 e 2006. A explicação é a crise econômica e o aumento nos preços globais dos alimentos.

 

 

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